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bruiloft bingo,Participe da Competição com a Hostess Bonita Online, Onde Comentários em Tempo Real Mantêm Você Conectado com Cada Detalhe dos Jogos Populares..Embora, devido à sua posição, privasse D. Miguel da Silva com a Família Real e fosse um regular no Paço da Ribeira, nunca se integrou verdadeiramente na vida da corte lisboeta. Mais de metade da sua vida fora passada em Paris e Itália entre as mais eminentes mentes do Renascimento. Agora em Lisboa, onde as novas correntes tardavam em penetrar, não encontrava com quem se identificar. Incorrendo numa assincronia, pode-se dizer que foi um verdadeiro ''estrangeirado''. O mesmo consideravam os cortesãos portugueses da época, que o apelidavam injuriosamente de ''romano''. O choque cultural entre o prelado e a corte de Lisboa não podia deixar de acontecer. D. Miguel vivera em Itália numa época em que se valorizava a filologia antiga, em que florescia o neo-platonismo florentino, em que a percepção social do Homem mudava, mudando também a própria escala de valores. Com os seus versos latinos, os seus bustos de filósofos, as suas estátuas desnudas ao modelo clássico e os seus projectos arquitectónicos, D. Miguel da Silva era um caso único na corte de Lisboa e foi, como tal, incompreendido. O estar habituado a uma corte muito mais luxuosa e magnificente e o de ser um claro amante dessas características não contribuiu com certeza para a sua adaptação à nova realidade. Dele se ressalvava na corte o "''feitio amante da ostentação e arrogante''". Em suma, parece que, como sentenciou João de Castro, D. Miguel da Silva:,Vendo a sua posição deteriorar-se rapidamente, foge para Itália em 1540, escapando por uma questão de horas a uma ordem régia de prisão. Em Roma recebeu-o calorosamente o Papa Paulo III. O seu cardinalato foi oficializado em 1541 (pois em 1539 tinha sido concedido ''in pectore''). Enquanto cardeal o seu ''titulus'' mudou várias vezes até se estabelecer no de ''Santa Maria Trastevere'' em 1553. Paulo III fê-lo ainda Bispo e administrador da cidade de Massa Marittima, na Toscana, em 1539. Foi legado papal em Veneza, na Marca de Ancona e em Bolonha. Participou nos conclaves de 1549-1550, de Abril de 1555 e de Maio de 1555. D. João III nunca lhe perdoou a fuga, tendo-o desnaturalizado e condenado por traição em 1542. Moveu influências para que D. Miguel fosse extraditado e ultimamente planeou assassiná-lo. Mal-grado a fúria régia, D. Miguel da Silva viveu os últimos 15 anos da sua vida em Roma cumulado de riquezas e mercês. Faleceu na sua amada ''Cidade Eterna'' a 5 de Junho de 1556..
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